terça-feira, 5 de agosto de 2008

Meu velho Guarda-chuva!!



“Se você erguer a cabeça acima da multidão,
será, fatalmente criticado.
Aja sempre da melhor maneira possível e,
depois abra seu velho guarda-chuva
e deixe a tempestade de críticas
escorrer pelos lados.” (Mattew C. Bruch)


Uma crítica nada mais é do que uma observação que alguém faz sobre nós, sobre nossos atos, ou sobre o modo como pensamos, que, na maioria das vezes, não corresponde à visão que temos de nós mesmos. Então nossa auto-estima e nossa capacidade para realizar algo são colocadas em cheque, fazendo com que fiquemos retraídos. Em resposta, enchemos a nossa mente de pensamentos rancorosos dirigidos a nós mesmos ou à pessoa que nos criticou, imaginando formas de puni-la. Isso gera um grande desgaste emocional.
Ouvir críticas e saber o que fazer com elas foi um grande desafio para mim. Aprendi que, por mais que eu tente agir corretamente, vou me surpreender com alguma crítica injusta. Porém, há algo que está a meu alcance: decidir se esta crítica me perturbará ou não.
Às vezes, uma crítica também pode ser justa. Então, ela tem algo a nos ensinar. Podemos, vez ou outra, encontrar alguma verdade na opinião dos outros. Mas, se, realmente, temos a certeza de que agimos corretamente, devemos ignorar as críticas que são injustas e que vêm de pessoas que não estão preocupadas com o nosso bem-estar.
É muito fácil identificar uma crítica feita a nós. Afinal, somos sensíveis o suficiente para perceber isso. Mas tu já parou para pensar naquela rodinha de amigos, quando, de repente, o nome de alguém é citado? Já pensou seriamente no conteúdo da conversa a respeito dessa vítima? Já aconteceu comigo de estar num grupo conversando, e, de repente, a conversa tomar um rumo em que a vida de alguém é injustamente exposta. A sensação que se tem, depois disso, é extremamente desagradável, sensação de tempo desperdiçado, sensação de insatisfação.



Qual o motivo de falarmos mal das pessoas? Talvez inveja e insatisfação pelo sucesso dos outros? Quem sabe não estejamos conseguindo administrar nossos problemas pessoais, e, na tentativa de administrar os problemas dos outros, sem êxito, criticamos o que eles fazem, pois, na verdade, nós gostaríamos de estar fazendo aquilo?
Quem sabe, não estaria nos faltando sensibilidade e compreensão em relação às diferenças alheias? Não seria o fato de estarmos parados enquanto aqueles, a quem criticamos, trabalham? Sem dúvida, é mais fácil “falar” daquele que faz do que “ser” aquele que faz.
Às vezes, uma crítica não diz muito em relação ao criticado, mas diz muita coisa em relação a quem critica. Schopenhauer disse, há muitos anos: “As pessoas vulgares sentem imensa satisfação com as faltas e as loucuras dos grandes homens.”
Em algum momento uma crítica construtiva pode ser necessária, mas, conforme diz o Dr. Waine Dyer, “se escolhemos apenas o papel de observador e não de realizador, não estaremos nos desenvolvendo. Mais ainda, podemos estar usando nossa própria crítica para nos livrar da responsabilidade de nossa própria ineficiência, refletindo essa ineficiência sobre aqueles que, realmente, estão se esforçando.”
Podemos aprender a ignorar os achadores de defeito e os críticos autonomeados, primeiramente, reconhecendo esses mesmos comportamentos em nós mesmos e decidindo eliminá-los inteiramente, para sermos realizadores, em vez de críticos.
Finalmente, há um pensamento de Eleanor Roosevelt sobre o qual vale a pena refletir: “Grandes mentes falam de idéias. Mentes comuns falam de fatos. Mentes medíocres falam de pessoas.”

Podem opinar ou criticar à vontade. Talvez eu abra meu velho guarda-chuva ou talvez eu assimile algumas opiniões necessárias.
Beijos carinhosos!!

Stella M.